Biblioteca de Ferreira do Zêzere

Um espaço da biblioteca em que pretendemos oferecer notações diárias de situações, notícias, poemas, obras de arte, atenções diversas e principalmente links que nos pareçam interessantes e que possam dar uma informação e acesso fácil aos nossos visitantes. Esperamos poder vir a contar com a colaboração dos nossos utilizadores ou de todos os que na blogosfera nos entendam contactar.

Thursday, April 28, 2005

DIA MUNDIAL DA PREVENÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Em 1989, os trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá promoveram, pela primeira vez, um dia de homenagem aos trabalhadores mortos e feridos em resultado de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Em Portugal, a Assembleia da República consagrou o dia 28 de Abril como Dia Nacional da Prevenção da Segurança e Saúde no Trabalho (Resolução nº 44/2001) e tem vindo a assinalar todos os anos esta data. No entanto, o nosso País continua a deter o índice de maior sinistralidade no quadro da U.E., sendo que, na última década, ocorreram em Portugal quase 3 milhões de acidentes de trabalho, que causaram a morte de mais de 7 mil trabalhadores, deixaram muitos milhares estropiados, provocaram a perda de mais de 6 milhões de dias de trabalho e custaram ao País mais de 30 milhões de euros de custos directos e indirectos. Quanto a doenças profissionais, registou-se um crescimento vertiginoso, tendo milhares de trabalhadores ficado para sempre incapacitados.
Esta situação regista-se apesar de se ter vindo a operar uma extraordinária evolução científica e tecnológica em todos os domínios que permitiu eliminar drasticamente os riscos profissionais e, consequentemente, diminuir significativamente os acidentes e as doenças relacionadas com o trabalho.

Mais informação poderá ser consultada aqui:

www.aeportugal.pt

Manual de formação para pequenas e médias empresas, sobre higiene e segurança no trabalho, editado pela AEP aqui:

http://pme.aeportugal.pt/Aplicacoes/Documentos/Uploads/2004-10-15_16-29-37_AEP-HIGIENE-SEGURANCA.pdf

Thursday, April 21, 2005

A nossa página - A página da Bib

Estamos a construir a nossa página:

http://www.geocities.com/bmferreiradozezere/bmfz.html

Dois poemas com destinatário...

Hoje, acordei assim... apaixonado, enamorado, louco de um amor incontrolado por uma algarvia que tudo me diz.
Amo-te vida...


OS MEUS LÁBIOS
"Os meus lábios
são teus
como meus
são os teus sonhos
As lágrimas
os sorrisos
os beijos
a ternura
o desejo
o amor
a luta
a paixão de estar vivo
e saber que vives
És a benção dos meus passos
a força da minha mão
a palavra irrequieta
o orvalho do meu peito
a sede do gesto
És a procura... a dor...
o ficar sem jeito
a beber um horizonte sem mar
de olhos perdidos...
és o toque, a saliva
o abraço quente
o deslumbramento
a excitação a saltar
És o monte, a luz, a cor
o rio quente das minhas veias
o céu, as nuvens e a chuva
És a folha, o fruto e a flor
És o mais pequenino e o maior
És o vento, a neve, a tempestade
És o adeus
a saudade
a morte
... e tudo recomeça
sem acabar!”


QUE VENHA O AR
“Que venha o ar...
embalar a alma
encher o peito de força
esgotar o corpo
de sol...
e o mar...!
que leve os pensamentos
e as dúvidas...
e nos traga e nos dê
a frescura da paz
Que bom é viver!...
Sentirmo-nos vida
sermos pranto e dor
sermos tudo
e sermos tão pouco
sermos fruto, semente
o beijo... o orgasmo
o prazer...
sermos tudo meu amor!”


Dois poemas de João Sevivas.

HANNA ARENDT

Tuesday, April 19, 2005

Habemos Papam

Fixem esta figura: vamos vê-la muito por aí...












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Fernando Pessoa, um dos maiores poetas portugueses do século XX, teve a habilidade de «outrar-se», criando heterónimos capazes de revelar diferentes personalidades. Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis ou Bernardo Soares são o exemplo claro de uma vivência fictícia, possível graças à sua capacidade de complementar diferentes personalidades num único ser físico. Aqui fica a visão de Pessoa acerca do poeta (Revista de Arte e Crítica Presença, n.º 36, Novembro de 1932), assinalando o Dia Mundial do Livro, que se comemora no próximo dia 23:



Autopsicografia


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Thursday, April 14, 2005

Paulo Coelho - O Zahir


O mais recente livro de Paulo Coelho.

Poderá ser consultado no endereço: http://www.paulocoelho.com.br/ozahir/livro/index.html

Apresentamos a sinopse,

"Segundo a tradição islâmica, o Zahir é algo ou alguém que acaba por dominar completamente o pensamento, sem que se possa esquecê-lo em momento algum. Para o narrador do novo romance de Paulo Coelho, o Zahir é sua esposa, Esther, com quem é casado há mais de dez anos. Tudo parecia ir bem entre eles, até o dia em que ela desaparece sem deixar vestígios. A polícia cogita hipóteses de seqüestro, assassinato e envolvimento com terroristas - ela foi correspondente de guerra no Oriente Médio - sem chegar a uma conclusão. Mas ele, o marido, sabe a resposta: ela simplesmente o abandonara sem se despedir, sem dizer para onde ia nem por que fazia isso. Esther saiu de sua vida e terminou ocupando sua mente pois, diante de tantas perguntas sem respostas, para ele se tornou impossível parar de pensar nela. Por que ela desistiu? Onde ela está agora? As interrogações não o deixam em paz e acabam por guiá-lo em uma viagem em busca da esposa desaparecida e de si mesmo.
O nome do narrador de "O Zahir" não é revelado, mas sua biografia é contada em detalhes. O personagem é um escritor famoso que vende milhões de livros em todo o mundo, embora seja constantemente crucificado pela crítica; ele iniciou sua carreira de sucesso como compositor e chegou a trabalhar para gravadoras; na juventude, ele foi hippie e praticou magia, alquimia e diversas ciências ocultas, tendo participado de rituais, sociedades secretas, invocações, seitas exóticas e confrarias misteriosas; ele escreveu sobre o Caminho de Santiago e disseminou o conceito de guerreiro da luz. O personagem criado por Paulo Coelho escreve "Tempo de Rasgar, Tempo de Costurar", uma espécie de tratado sobre o casamento, em que expõe muito de sua vida ao lado de Esther.
Em "O Zahir", é Esther que incentiva o narrador a lutar pelo sonho de se tornar escritor. É ela que o convence a percorrer o Caminho de Santiago e o inspira a escrever seu primeiro livro. Ela é descrita como uma grande companheira, com sabedoria e paciência para superar as crises conjugais. Ela também parece conhecê-lo melhor que ninguém. Depois que desaparece, Esther obriga o marido a fazer uma nova peregrinação: ele precisa descobrir o que deu errado no casamento, onde ela está e por que ela desapareceu. Todas as respostas vêm à tona, mas não sem sofrimento. E ele ainda tem que contar com a ajuda de Mikhail, o jovem de vinte e poucos anos que saía com sua mulher antes de ela ir embora. A princípio, o marido abandonado odeia Mikhail, porque tem certeza de que ele é o responsável pelo desaparecimento de Esther. Ele sabe que foi trocado por um homem bem mais jovem e, o que é pior, somente através dele será possível descobrir onde sua mulher está. Será preciso deixar o orgulho de lado e ir até o rapaz. O que o sábio personagem jamais poderia imaginar é que ele acabaria por aceitar a existência de Mikhail no coração de Esther, seguiria seus passos, passaria a respeitá-lo e deixaria que ele mudasse sua vida. O jovem rival se revela um grande amigo e é quem o faz rever seu passado, descobrir onde errou, entender por que perdeu Esther e passar por experiências que nunca pensou que viveria em sua idade. Em sua jornada, o marido precisará de muita humildade para reavaliar seus valores. Mendigos têm muito o que lhe dizer sobre o mundo. Jovens marginais têm o que lhe ensinar. Mikhail o fará ver que escrever sobre a vida é bem mais fácil do que vivê-la de fato."

Rem Koolhaas


Rem Koolhaas vence prémio Mies van der Rohe

Arquitecto holandês derrota projecto de Souto Moura





O arquitecto holandês Rem Koolhaas é o vencedor do prémio da União Europeia/Mies van der Rohe, pelo seu projecto para a Embaixada da Holanda em Berlim.


O projecto do arquitecto holandês derrotou o do português Eduardo Souto de Moura, que se candidatava com o seu projecto do Estádio Municipal de Braga, construído no âmbito do campeonato europeu de futebol, Euro2004.

O atelier holandês NL Architects recebeu a menção especial para arquitecto revelação pela obra "Basketbar", na Universidade de Utrecht (Holanda). Projecto constituído por café, restaurante, terraço, livraria e campo de basquetebol.


Rem Koolhaas é o autor do projecto da Casa da Música no Porto, que será inaugurada na próxima quinta-feira.
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TESTE


Página da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere

Biblioteca Municipal de Ferreira do Zêzere

Wednesday, April 13, 2005

"A mesa"

A mesa
O poema "a mesa" de António Osório editado na colecção Poetas, pela editorial Presença.
Espero que gostem
Célia Conceição



Na rua de repente ocorre-me
ir a tua casa - ver passos
trôpegos, o copo de leite,
os teus biscoitos, refrescos
de ginja, papas de milho
em que o mel se difundia,
o último livro que meu Pai tocou,
passar a mão naquelas páginas,
e a cadeira de baloiço onde ouvia,
não o meu, mas outro pueril
vaivém de temor e energia,
a mesa posta onde sem palavras
a ti da vida me queixava.

Saturday, April 09, 2005

poema II

Para quem não sabe ler inglês, aqui vai uma tradução literal dos primeiros IV elementos da ode. 2ª feira há mais:


I
Houve um tempo em que prados, bosques e rios, a terra e tudo o que se podia ver, me pareciam, vestidos de uma luz celeste, a glória e a frescura de um sonho. Não é agora como já foi. Mudado podem ter, de noite ou de dia, as coisa que eu via, e que hoje já não vejo mais.

II
O arco-íris vai e vem, e amável é a rosa, a lua tudo envolve de doce aparência quando os céus se escondem, as águas numa noite estrelada são verdadeiras e belas; a luz do sol é um nascimento glorioso; Mas no entanto sei, onde quer que esteja, que no passado recebi a glória sobre a terra.

III
Agora, enquanto os pássaros cantam um alegre canto, e enquanto os jovens carneiros se recolhem ao som do tambor, apenas a mim chegou um pensamento de dor; O saber da hora certa aliviou esse pensamento, e eu estou de novo forte; As cataratas lançam as suas trombetas pelas escarpas; Não mais a minha dor amargurará a estação errada; Eu oiço o eco através das enormes montanhas, os ventos virem até mim dos campos do sonho e toda a terra é alegre; a terra e o mar entregam-se à alegria, e com o coração primaveril todas as feras tiram férias; -- Vós, Filho da Alegria, chama em meu redor, deixa-me ouvir o teu chamamento, tu, feliz pastorzinho.

IV
De vós, abençoados seres, ouvi o chamamento que uns aos outros fazem; Vi os céus rirem-se convosco no vosso júbilo; O meu coração está na vossa festa, a minha cabeça possui a sua coroa, a plenitude da vossa felicidade , eu sinto – Sinto por todo o lado. Oh maldito dia! Se eu estivesse maçado enquanto a própria Terra se enfeita, esta doce manhã de maio e a Criança escolhem em todo o lado, em milhares de vales largos e distantes, frescas flores; enquanto o sol brilha e aquece e o bebé salta para o colo da mãe; -- Eu ouço, eu ouço, com alegria ouço! -- mas há uma árvore, entre tantas, um único campo para o qual levantei os olhos, ambos falavam de algo que se perdeu: a tamareira ao pé de minha casa a mesma história repetiu: para onde fugiu o alucinado brilho? Onde estão agora a glória e o sonho?

Casamento de Carlos e Camila

Foi tanto o suspense gerado em torno do poema que seria escolhido para o casamento, que a Biblioteca resolve, em primeira mão, dá-lo a conhecer. Trata-se de uma ode de William Wordsworth, da qual publicamos, imediatamente, o original.

Ode: Intimations of Immortality
I
There was a time when meadow, grove, and stream,The earth, and every common sight,To me did seemApparelled in celestial light,The glory and the freshness of a dream.It is not now as it hath been of yore;--Turn wheresoe'er I may,By night or day,The things which I have seen I now can see no more.
II
The Rainbow comes and goes,And lovely is the Rose,The Moon doth with delightLook round her when the heavens are bare,Waters on a starry nightAre beautiful and fair;The sunshine is a glorious birth;But yet I know, where'er I go,That there hath past away a glory from the earth.
III
Now, while the birds thus sing a joyous song,And while the young lambs boundAs to the tabor's sound,To me alone there came a thought of grief:A timely utterance gave that thought relief,And I again am strong:The cataracts blow their trumpets from the steep;No more shall grief of mine the season wrong;I hear the Echoes through the mountains throng,The Winds come to me from the fields of sleep,And all the earth is gay;Land and seaGive themselves up to jollity,And with the heart of MayDoth every Beast keep holiday;--Thou Child of Joy,Shout round me, let me hear thy shouts, thou happyShepherd-boy!
IV
Ye blessed Creatures, I have heard the callYe to each other make; I seeThe heavens laugh with you in your jubilee;My heart is at your festival,My head hath its coronal,The fulness of your bliss, I feel--I feel it all.Oh evil day! if I were sullenWhile Earth herself is adorning,This sweet May-morning,And the Children are cullingOn every side,In a thousand valleys far and wide,Fresh flowers; while the sun shines warm,And the Babe leaps up on his Mother's arm:--I hear, I hear, with joy I hear!--But there's a Tree, of many, one,A single Field which I have looked upon,Both of them speak of something that is gone:The Pansy at my feetDoth the same tale repeat:Whither is fled the visionary gleam?Where is it now, the glory and the dream?
V
Our birth is but a sleep and a forgetting:The Soul that rises with us, our life's Star,Hath had elsewhere its setting,And cometh from afar:Not in entire forgetfulness,And not in utter nakedness,But trailing clouds of glory do we comeFrom God, who is our home:Heaven lies about us in our infancy!Shades of the prison-house begin to closeUpon the growing Boy,But He beholds the light, and whence it flows,He sees it in his joy;The Youth, who daily farther from the eastMust travel, still is Nature's Priest,And by the vision splendidIs on his way attended;At length the Man perceives it die away,And fade into the light of common day.
VI
Earth fills her lap with pleasures of her own;Yearnings she hath in her own natural kind,And, even with something of a Mother's mind,And no unworthy aim,The homely Nurse doth all she canTo make her Foster-child, her Inmate Man,Forget the glories he hath known,And that imperial palace whence he came.
VII
Behold the Child among his new-born blisses,A six years' Darling of a pigmy size!See, where 'mid work of his own hand he lies,Fretted by sallies of his mother's kisses,With light upon him from his father's eyes!See, at his feet, some little plan or chart,Some fragment from his dream of human life,Shaped by himself with newly-learned art;A wedding or a festival,A mourning or a funeral;And this hath now his heart,And unto this he frames his song:Then will he fit his tongueTo dialogues of business, love, or strife;But it will not be longEre this be thrown aside,And with new joy and prideThe little Actor cons another part;Filling from time to time his "humorous stage"With all the Persons, down to palsied Age,That Life brings with her in her equipage;As if his whole vocationWere endless imitation.
VIII
Thou, whose exterior semblance doth belieThy Soul's immensity;Thou best Philosopher, who yet dost keepThy heritage, thou Eye among the blind,That, deaf and silent, read'st the eternal deep,Haunted for ever by the eternal mind,--Mighty Prophet! Seer blest!On whom those truths do rest,Which we are toiling all our lives to find,In darkness lost, the darkness of the grave;Thou, over whom thy ImmortalityBroods like the Day, a Master o'er a Slave,A Presence which is not to be put by;Thou little Child, yet glorious in the mightOf heaven-born freedom on thy being's height,Why with such earnest pains dost thou provokeThe years to bring the inevitable yoke,Thus blindly with thy blessedness at strife?Full soon thy Soul shall have her earthly freight,And custom lie upon thee with a weightHeavy as frost, and deep almost as life!
IX
O joy! that in our embersIs something that doth live,That nature yet remembersWhat was so fugitive!The thought of our past years in me doth breedPerpetual benediction: not indeedFor that which is most worthy to be blest--Delight and liberty, the simple creedOf Childhood, whether busy or at rest,With new-fledged hope still fluttering in his breast:--Not for these I raiseThe song of thanks and praise;But for those obstinate questioningsOf sense and outward things,Fallings from us, vanishings;Blank misgivings of a CreatureMoving about in worlds not realised,High instincts before which our mortal NatureDid tremble like a guilty Thing surprised:But for those first affections,Those shadowy recollections,Which, be they what they may,Are yet the fountain light of all our day,Are yet a master light of all our seeing;Uphold us, cherish, and have power to makeOur noisy years seem moments in the beingOf the eternal Silence: truths that wake,To perish never;Which neither listlessness, nor mad endeavour,Nor Man nor Boy,Nor all that is at enmity with joy,Can utterly abolish or destroy!Hence in a season of calm weatherThough inland far we be,Our Souls have sight of that immortal seaWhich brought us hither,Can in a moment travel thither,And see the Children sport upon the shore,And hear the mighty waters rolling evermore.
X
Then sing, ye Birds, sing, sing a joyous song!And let the young Lambs boundAs to the tabor's sound!We in thought will join your throng,Ye that pipe and ye that play,Ye that through your hearts to-dayFeel the gladness of the May!What though the radiance which was once so brightBe now for ever taken from my sight,Though nothing can bring back the hourOf splendour in the grass, of glory in the flower;We will grieve not, rather findStrength in what remains behind;In the primal sympathyWhich having been must ever be;In the soothing thoughts that springOut of human suffering;In the faith that looks through death,In years that bring the philosophic mind.
XI
And O, ye Fountains, Meadows, Hills, and Groves,Forebode not any severing of our loves!Yet in my heart of hearts I feel your might;I only have relinquished one delightTo live beneath your more habitual sway.I love the Brooks which down their channels fret,Even more than when I tripped lightly as they;The innocent brightness of a new-born DayIs lovely yet;The Clouds that gather round the setting sunDo take a sober colouring from an eyeThat hath kept watch o'er man's mortality;Another race hath been, and other palms are won.Thanks to the human heart by which we live,Thanks to its tenderness, its joys, and fears,To me the meanest flower that blows can giveThoughts that do often lie too deep for tears.

Friday, April 08, 2005

Clube de leitura

A BMFZ propõe-se promover a criação de um Clube de Leitura, cujo principal objectivo é reunir todos aqueles que gostam de ler, em torno de um ou mais livros, escolhidos mensalmente.
O Clube reunirá quinzenalmente, às terças-feiras pelas 19h00 na Biblioteca.
As inscrições podem ser entregues em qualquer escola do concelho, na Biblioteca, ou através do email: bmferreiradozezere@yahoo.com.
na inscrição deverá indicar:
Nome
Morada
Telefone/Telemóvel
Profissão
Idade
Sexo

Thursday, April 07, 2005

testamento de João Paulo II

07/04/2005 - 17h07
O texto do testamento de João Paulo II
CIDADE DO VATICANO, 7 abr (AFP) - Segue o texto integral do testamento de João Paulo II, segundo uma tradução pela AFP do documento tal como foi publicado nesta quinta-feira pelo Vaticano e que se apresenta, às vezes, com simples anotações aparentemente inacabadas. O testamento foi escrito pelo Papa em polonês, mas foi divulgado numa versão em italiano:

"O testamento de 6 de março de 1979 (e acréscimos sucessivos)"

"Totus Tuus ego sum

Em nome da Santíssima Trindade. Amém.

'Velai, porque não sabeis qual dia vosso Senhor virá' (cf. Mt 24, 42) - essas palavras me lembram o último apelo que será feito quando o Senhor quiser. Desejo segui-Lo e desejo que tudo o que faz parte de minha vida sobre a terra me prepare para este momento. Não sei quando isto acontecerá, mas coloco este momento, como todo o resto, nas mãos da Mãe de meu Mestre: Totus Tuus. Deixo entre as mesmas mãos maternais tudo e todos aos quais minha vida e minha vocação estão ligados. Deixo principalmente a Igreja em essas mãos, assim como minha Nação e a humanidade inteira. Agradeço a todo o mundo. Peço perdão a todos. Peço também a prece para que a Misericórdia de Deus se mostre maior que minha fraqueza e minha indignidade.

Durante esses exercícios espirituais, reli o testamento do Santo Padre Paulo VI. Esta leitura levou-me a escrever o presente testamento.

Não deixo nenhuma propriedade da qual deveria dispor. Quanto aos objetos que me serviam diariamente, peço que sejam distribuídos da maneira que parecer mais oportuna. As notas pessoais deverão ser queimadas. Peço que dom Stanislaw (NDR, dom Stanislaw Dziwisz, secretário particular de Karol Wojtyla) zele por isso e eu o agradeço por sua colaboração e sua ajuda prolongada e compreensiva. Todos os outros agradecimentos estão no coração, diante de Deus Ele Mesmo, porque é difícil exprimi-los.

No que diz respeito aos funerais, repito as disposições dadas pelo Santo Padre Paulo VI. (NDR, os serviços do Vaticano precisam que, nesta parte do texto, João Paulo II fez, em 13 de março 1992 uma observação à margem, precisando: "a sepultura na terra, não num sarcófago")

'apud Dominum misericordia et copiosa apud Eum redemptio'

Roma, 6 de março de 1979

João Pauloean II" "Após a morte, peço Santas Missas e preces. 5 de março de 1990"

Folha sem data (NDR, observação do Vaticano)

"Exprimo a mais profunda confiança que, apesar de toda minha fraqueza, o Senhor me concederá toda a graça necessária para enfrentar segundo Sua Vontade toda a tarefa, prova e sofrimento que Ele quiser pedir a Seu servidor durante a vida. Tenho também confiança que não permitirá jamais trair minhas obrigações nesta Santa Sé de Pedro por minhas atitudes: palavras, atos ou omissões".

"24 de fevereiro-1º março de 1980

Durante esses exercícios espirituais, também refleti sobre a verdade do Sacerdócio de Cristo na perspectiva desta passagem que, para cada um de nós, é o momento de sua própria morte. Da partida deste mundo - para nascer para o outro, o mundo futuro, do qual a ressurreição de Cristo é um sinal eloqüente. (NDR, o Vaticano precisa que abaixo dessa última palavra, João Paulo II a em seguida acrescentou: "decisivo") Li a transcrição de meu testamento do ano passado, feito ele também durante os exercícios espirituais, eu o comparei ao testamento de meu grande Predecessor e pai, Paulo VI, com este sublime testemunho sobre a morte de um cristão e de um papa - e renovei em mim a consciência das questões às quais se referem a transcrição de 6 de março de 1979 que preparei (de forma provisória).

Hoje, desejo acrescentar apenas iso, que cada um deve manter presente a perspectiva da morte. E estar preparado para se apresentar diante do Senhor e Juiz - e ao mesmo tempo Redentor e Pai. Então, levo isso continuamente em consideração, confiando neste momento decisivo à Mãe de Cristo e da Igreja, à Mãe de minha esperança.

Os tempos nos quais vivemos são indubitavelmente difíceis e turbulentos. O caminho da Igreja torna-se, também ele, difícil e tenso, característica esses tempos, tanto para os fiéis como para os pastores. Em alguns países (como por exemplo aquele sobre o qual li durante os exercícios espirituais) a Igreja atravessa um período de perseguição em nada inferior à dos primeiros séculos, ela os supera mesmo em grau de desumanidade e de ódio. 'Sanguis martyrum semen christianorum'. E no mais, tantas pessoas desapareceram enquanto inocentes. mesmo neste país no qual vivemos.

Desejo ainda uma vez mais colocar-me totalmente sob as graças do Senhor. Ele Próprio decidirá quando e como devo acabar minha vida terrestre e meu ministério pastoral. Na vida e na morte 'Totus Tuus' através da Imaculada. Aceitando desde já esta morte, espero que o Cristo me dará a graça para a última passagem, isto é, à (minha) Páscoa. Espero também que tornará útil a esta outra causa mais importante, à qual procuro servir: a salvação dos homens, a salvaguarda da família humana e, nela, todas as nações e povos (entre os quais eu me dirijo em particular à minha Pátria na terra), útil para as pessoas que me confiou de maneira particular, para as questões da Igreja e para a glória de Deus mesmo.

Não desejo acrescentar o que quer que seja ao que já escrevi há um ano - exprimir apenas esta disponibilidade e, então, paralelamente, esta confiança, à qual os exercícios espirituais presentes me levaram novamente.

João Paulo II"

"'Totus Tuus ego sum' 5 março de 1982

Durante os exercícios espirituais deste ano, li (várias vezes) o texto do testamento de 6 de março de 1979. Apesar de agora eu ainda considerá-lo provisório, vou deixá-lo assim. Não vou mudar nada (por enquanto) e não vou acrescentar nada também no que se refere às disposições que ele contém.

O atentado contra minha vida em 13 de maio de 1981 confirmou, de certo modo, a exatidão das palavras escritas no período dos exercícios espirituais de 1980 (de 24 de fevereiro a 1º de março).

Sinto muito profundamente que estou totalmente nas mãos de Deus - e continuo constantemente à disposição do meu Senhor e me confio a Ele através de sua Mãe Imaculada (Totus Tuus) João Paulo II

"5 de março de 1982

Sobre a última frase de meu testamento de 6 de março de 1979 ("No local, quer dizer dos funerais, decidido pelo Colégio Cardinalício e os compatriotas") esclareço o que tenho no espírito: a Cracóvia ou o Conselho Geral do Episcopado da Polônia. Eu peço então ao Colégio dos cardeais que satisfaça na medida do possível os eventuais pedidos mencionados acima.

1º de março de 1985 (durante exercícios espirituais)

Ainda - no que se refere à expressão "Colégio dos cardeais e os compatriotas": o colégio cardinalício não tem nenhuma obrigação de interrogar sobre esta questão "os compatriotas"; Ele poderá no entanto fazê-lo se, por qualquer razão que seja, possa justificar.

"Os exercícios espirituais do ano do Jubileu 2000 (12 a 18 de março)

1. Quando no dia 16 de outubro de 1978, o conclave dos cardeais me escolheu como Papa, João Paulo II, o Primaz da Polônia, o cardeal polonês Stefan Wyszynski me disse: 'o dever do novo papa é introduzir a Igreja no Terceiro Milênio'. Eu não sei se estou repetindo a frase com fidelidade mas foi pelo menos esse o sentido que entendi naquela hora. Foi o homem que entrou para a história como o Prelado do Milênio que pronunciou estas palavras. Um grande prelado. Fui testemunha de sua missão, de sua confiança total. De suas lutas: de sua vitória. 'A vitória, quando ela acontecer, será uma vitória devida à Maria' - o prelado do Milênio tinha o costume de repetir estas palavras de seu antecessor, o cardeal August Hlond.

Desta forma eu fui de, alguma maneira, preparado para a tarefa que me foi apresentada em 16 de outubro de 1978. No momento em que escrevi estas palavras, o Ano do Jubileu 2000 já é uma realidade em curso. A porta simbólica do Grande Jubileu da Basílica de São Pedro foi aberta na noite de 24 de dezembro de 1999, depois a de São João de Latrão, depois a de Santa Maria Maior, para o Ano Novo; e em 19 de janeiro a porta da Basílica de São Paulo Extra-Muros. Este último evento, por seu caráter ecumênico, marcou a memória de maneira particular.

2. "À medida que o Ano do Jubileu 2000 avança, dia a dia o século XX fica para trás e o século XXI se abre. Como quis a Providência, vivi neste século difícil que desaparece no passado, e agora, quando me aproximo dos 80 anos ("octogesima adveniens"), tenho de me perguntar se não chegou a hora de repetir com o Simeão bíblico 'Nunc dimittis'.

"No dia 13 de maio de 1981 (o atentado contra o Papa cometido durante a audiência geral na praça São Pedro), a Divina Providência me salvou milagrosamente da morte. O que é o único Senhor da vida e da morte prolongou minha vida e, de alguma forma, me fez nascer de novo. A partir deste momento, minha vida Lhe pertence ainda mais. Espero que Ele me ajudará a perceber até quando devo continuar a missão que Ele me atribuiu no dia 16 de outubro de 1978. Peço a Ele que me chame de volta quando achar melhor. 'Na vida e na morte, pertencemos ao Senhor...somos parte do Senhor' (cf. Rm 14, 8). Também espero que, enquanto tiver que cumprir o serviço de Pedro na Igreja, a Misericórdia de Deus me dará as forças necessárias.

3. Como a cada ano durante os exercícios espirituais, li meu testamento do dia 6 de março de 1979. Mantenho as disposições que nele estão contidas. O que foi acrescentado, na época e também durante os exercícios espirituais sucessivos, retrata a difícil e tensa situação geral que marcou os anos 80. A partir de 1989, esta situação mudou. A última década do século passado foi isenta das tensões anteriores, o que não significa que ela não trouxe novos problemas e dificuldades. Quero louvar particularmente a Divina Providência por este motivo, que o período chamado 'guerra fria' tenha sido encerrado sem o violento conflito nuclear que pesava sobre o mundo durante o precedente período.

4. Estando perto do início do terceiro milênio 'in medio Ecclesiae', desejo mais uma vez expressar minha gratidão ao Espírito Santo pelo grande dom do Concílio Vaticano II. Estou convencido de que as novas gerações poderão por muito tempo ainda aproveitar as riquezas que este Concílio do século XX nos deu. Como bispo tendo participado do Concílio do primeiro ao último dia, desejo confiar este grande patrimônio a todos os que devem, e os que deverão, concretizá-lo no futuro. Quanto a mim, agradeço o eterno Pastor por ter me permitido servir esta grandíssima causa durante todos os anos de meu pontificado.

'In medio Ecclesiae'... logo nos primeiros anos de serviços episcopais - e justamente graças ao Concílio - pude experimentar a comunhão fraterna do episcopado. Como bispo do arquidiocese de Cracóvia, havia experimentado a comunhão fraterna do presbitério - o Concílio deu uma nova dimensão a esta experiência.

5. Quantas pessoas deveria mencionar aqui! O Senhor provavelmente já chamou de volta para ele a maioria dentre elas. Para as que ainda se encontram entre nós, as palavras deste testamento são dirigidas a elas, para todas e em todos os lugares, onde quer que estejam.

Há mais de vinte anos que exerço o serviço de Pedro 'in medio Ecclesiae', e pude contar com a colaboração bondosa e fecunda de tantos cardeais, arcebispos e bispos, tantos padres, tantas pessoas consagradas, Irmãos e Irmãs, e também tantas pessoas leigas, no ambiente da Cúria, no Vicariato da diocese de Roma e em outros lugares.

Como não abraçar com uma memória cheia de gratidão todos os Episcopados do mundo que encontrei durante as visitas 'ad limina Apostolorum'! Como não recordar tantos Irmãos cristãos - não católicos! E o rabino de Roma e tantos representantes das religiões não-cristãs! E quantos representantes do mundo da cultura, da ciência, da política, dos meios de comunicação social!

6. À medida que o limite de minha vida na terra se aproxima, meu espírito volta ao início, a meus pais, ao irmão e à irmã (que eu não conheci porque ela morreu antes de nascer), à paróquia de Wadowice, onde fui batizado, a esta cidade de meu amor, a meus contemporâneos, colegas do primário, do colégio, da universidade até o tempo da ocupação quando eu trabalhava como operário e, depois, à paróquia de Niegowice, a de Saint-Florian na Cracóvia, à pastoral universitária, ao lugar.... a vários lugares ... na Cracóvia e em Roma ... às pessoas que de modo especial me foram confiadas pelo Senhor.

A todos eu digo uma única coisa: 'Deus vos recompense'

'In manus Tuas, Domine, commendo spiritum meum'

Wednesday, April 06, 2005

A BIB

A biblioteca de Ferreira do Zêzere vem apresentar o seu blog.
Será como é suposto, um espaço onde serão publicadas e permanentemente actualizadas todas as notícias referentes à biblioteca. Mas não é esse apenas, nem principalmente o nosso objectivo:
pretendemos oferecer notações diárias de situações, notícias, poemas, obras de arte, atenções diversas sobre o que o mundo nos oferece, quer se trate de grandes temas que a todos implicam, quer de pormenores que por qualquer motivo mereçam, mesmo que gratuitamente, a nossa atenção.
Este blog terá posts de todos os técnicos da biblioteca e espera poder vir a contar também com a colaboração dos nossos utilizadores ou de todos os que na blogosfera entendam contactar connosco.
Estamos a começar e ainda não conseguimos postar imagens e bonecos... mas em breve esperamos poder começar a fazê-lo